domingo, 20 de junho de 2010

Sac(o)!

Outro dia meu modem da Claro recusava-se a ficar conectado mais do que um ou dois minutos. Quando a Claro decide que não vai trabalhar chego a lançar mão da conexão discada de tão precário que é o serviço dessa operadora.

Como o modem não conectou direito mesmo depois de algumas horas tentando não tive escolha a não ser ligar para o SAC daquela merda.

Faço questão de reproduzir aqui a conversa que tive com o ilustríssimo atendente:


Ele - Atendente Gustavo, em que posso ajudar?
Eu - Bom dia Gustavo, por gentileza, meu modem está oscilando demais desde hoje cedo. Quando conecta ele não fica mais do que 2 minutos e em seguida desconecta.
Ele - O modem está conectado ou desconectado no momento?
Eu - Desconectado e já faz um tempo que ele não encontra sinal.
Ele - Um momento senhora.
Eu - ...
Ele - A senhora já ajustou as configurações de conexão?
Eu - Já, foi a primeira coisa que fiz.
Ele - Só mais um momento senhora.
Eu - ...........
Ele - Senhora, qual é seu CEP? Preciso saber a cidade que a senhora está.
Eu - Meu CEP é...
Ele - Só mais um momento por favor.
Eu - ..............................
Ele - Segundo meu sistema a região onde a senhora mora ainda não tem acesso 3G.
Eu - Isso eu já sei meu bem e também sei que essas instabilidades de navegação são justamente pelo fato de aqui não ter cobertura 3G, apesar de eu ter pago pelo pacote como sendo né?!
Ele - Até o final do ano haverá cobertura 3G em todo território nacional.
Eu - Sei, vocês me disseram a mesma coisa ano passado e ano retrazado também!
Ele - Mais um momento por favor.
Eu - ................................................................
Ele - Senhora, seu modem está conectado?
Eu - Não!
Ele - Vou abrir um chamado para o técnico mas preciso que o modem esteja conectado para que ele possa rastrear o sinal.
Eu - Mas querido, o modem não conecta.
Ele - E a senhora sabe por que ele não conecta?
Eu - (Silêncio dramático)

Onde será que os call centers encontram esses tesouros????


quarta-feira, 16 de junho de 2010

No elevador

Hoje tive que ir até o fórum, atividade chata que sempre tento jogar pra alguém que esteja a fim de dar umas voltas pelo centro da cidade mas como nenhum filho de Deus aceitou assumir minha função então eu fui.

Entramos no elevador eu e mais um rapaz de terno azul marinho e gravata verde água clarinho (homens de terno são sexy!) que levava um envelope amarelo embaixo do braço.
Sempre que o elevador está vazio me encosto no fundo pois odeio gente parada atrás de mim (quer dizer, dependendo da situação claro eu não odeio mas no elevador não curto!).

Enquanto o elevador subia eu olhava para o bico do meu sapato mas de relance pude notar que o rapaz estava me olhando.
No começo fingi que não estava percebendo mas conforme os andares iam passando pude notar que o desconforto do moço ia aumentando e o meu também.

Cheguei a pensar que tivesse pisado no maior coco do mundo e que só eu não estivesse sentindo o cheiro mas alguns segundos depois de eu pensar isso um barulho inconfundível reverberou dentro do elevador e me fez entender o desconforto do rapaz.
Estávamos entre o sétimo e o oitavo andar. Sem nem pensar muito apertei o botão do nono e prendi a respiração até a porta abrir. Definitivamente eu não ia sentir o fedor do peido daquele cara.

Quando a porta abriu sai voando direto para as escadas (mentira, primeiro soltei a respiração que tava foda de segurar!) e subi 3 lances a pé. Preferi o esforço a ficar envolta na nuvem negra que se desenvolvia dentro do elevador.

Não sei dizer se aquilo me irritou mais ou me deixou mais sem jeito mas uma coisa tenho que admitir, foi um peido bem dado viu?!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Amigos servem pra isso.

Considero Juliana praticamente uma extensão minha tamanha nossa amizade e automaticamente sei quando algo não vai bem. Hoje a tarde ela estava muito tensa. Não deu outra.
Agora a noite toca meu celular...

-Alô
-Cereja, dá pra falar?
-Dá, que que foi?
- ... *chorando*
- Jú, que que foi?
- Tô grávida.
- Hein????
- Pois é.
- Quando você soube disso?
- Hoje cedo...
- Que jeito? Fez exame? Por que não me disse a tarde?
- Não fiz exame, mas sei que to!
- Ai Juliana, se não fizer o exame não dá pra afirmar.
- Dá sim.
- Tá e como vc tem tanta certeza?
- Por que to toda diferente.
- Você já falou com o Du?
- Não, to com medo da reação dele!
- Não vá falar antes de ter certeza absoluta!
- Que que eu faço amiga?
- Compra um teste, já!
- E se der positivo?
- Parabéns você será mamãe!
- Ai Cereja, num brinca assim que choro mais ainda.
- Não to brincando! Faça o teste antes de se desesperar.
- Vem comigo?
- Ok, me dá 5 minutos...

Compramos o teste mas ela não quis que eu ficasse junto. Não sabia nem se faria hoje ou amanhã.
Vim pra casa, era o que me restava.
Agora, a cinco minutos atrás meu celular tocou novamente:

- Cê, fiz o teste... *ainda chorando*
- E aí?????
- Contei para o Dú também!
- Então deu positivo??? O que ele disse?
- Ele ficou tão feliz, disse que ia adorar ser pai!
- Que bom amiga, e por que você está chorando?
- Por que o teste deu negativo!!!
- Boa noite Juliana, dorme bem! *click*

Amigo de verdade a gente aceita com o pacote completo!


Vai Brasil.... só não se sabe até onde.

Daqui a pouco seleção brasileira estréia no mundial.

Não que eu não ligue para o desempenho do meu país durante o campeonato mas a farra me atrai bem mais que a parte esportiva.
Eu até torço, mas não me descabelo.

Enquanto tem gente que vai passar os 90 minutos acompanhando cada lance eu vou passar os 90 minutos e mais alguns antes e depois da partida curtindo os amigos, rindo das piadas, tomando umas caipirinhas que eu mesma faço questão de fazer.

Enquanto uns irão analisar o desempenho dos jogadores em campo eu analisarei as coxas dos jogadores em campo (dos coreanos não, valei-me em Cristo!).

Sou mais estadista que nacionalista mas hoje me juntarei a massa e torcerei pelo meu país e assim pretendo fazer a cada jogo, pelo menos enquanto o Brasil durar na Copa.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Piercings, tatuagens e ameaças.


Sou do tipo adepta a tatuagens.
Não que minha pele possa servir como tecido para abajur quando eu morrer pois não sou tão "decorada" assim mas confesso que amo cada uma das minhas 11 tatuagens e mais algumas virão.

Meus pais sempre ficavam de cabelo em pé cada vez que eu aparecia com uma tatoo nova em casa mas nunca me recriminaram por isso, até por que sempre fui bem consciente em todos os desenhos que fiz, mas aí, essa semana vi no site de uma joalheria um piercing liiiiiiindo!!!!

Era como um brinquinho em forma de estrelinha, minúsculo, em ouro branco com um brilhante.
Já comecei a pensar em que lugar do meu corpo eu poderia colocar aquele brinquinho (orelha não dá, apesar de eu ter 5 furos em cada uma, todos feitos antes dos meus 15 anos, e piercing em uma delas).

No outro dia, comentando com meus pais, falei meio depressa (pra ver se ninguém notava) que tinha visto o brinco e que estava pensando em colocá-lo abaixo do lábio inferior, no meio do queixo. Na mesma hora meu pai me olhou e falou:

"Olha, você já é adulta, independente e pode colocar o brinco no umbigo, no bico dos peitos, até na periquita se quiser mas não quero nada de metal na sua cara. Ainda sou seu pai certo? Se você colocar pode apostar que eu tiro!"

Depois de algo assim tão direto perdi total interesse pelo brinco!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Bom senso ou sem senso?

Na minha família tem duas pessoas que são o cúmulo da falta de senso.
São do tipo que fala na sua cara que você está gordo, que não gostaram do presente que você deu ou que sua comida é ruim.
Há quem ache graça nesse tipo de comportamento mas eu não!
Sou sincera ao extremo e todo mundo que convive comigo sabe que eu sou assim mas pergunte a qualquer pessoa que me conhece bem se sou sincera ao ponto de ser sem educação?

Existe uma linha muito tênue entre sinceridade e grosseria e é nessa hora que deve entrar o bom senso.
Ter bom senso é dizer para sua amiga que aquela roupa não cai bem ao invés de dizer que ela fica gorda.

É recusar a carona daquele colega de trabalho que insiste em te cantar dizendo que você quer se exercitar e por isso vai caminhando para casa ao invés de falar que prefere a morte a andar no mesmo carro que ele.

É convencer seu amigo a experimentar um novo chiclete sabor menta apoteótica ao invés de dizer que o hálito dele está te dando náuseas.

É dizer para o cara com quem você está saindo a duas semanas que você ainda não se sente a vontade para transar com ele ao invés de dizer que ele ainda não te deixou com tesão suficiente para conseguir te comer.

É dizer para sua sogra que você está impossibilitada de atender o telefone e que depois liga ao invés de dizer que acha o cúmulo ela te telefonar no trabalho só para falar sobre a última edição da revista Ponto Cruz & Você que ela acaba de comprar e que francamente não te interessa.

Por mais que a situação mereça uma resposta digna de um usuário do Jockey Club, pense antes de falar. A harmonia entre duas pessoas só existe se cultivada com boa dose de bom senso e se for necessário, algumas meias verdades.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Vai um cafézinho?

Sempre achei DIVINO o cheiro de café recém passado.
Quando pequena eu queria imitar os adultos e sempre pedia um pouquinho de café que inevitavelmente ficava na xícara pois eu nunca conseguia tomar. Descobri que criança não combina com café.

Na adolescência quando queria varar a madrugada com os amigos e o sono era maior, eu apelava para o café.
Eu mesma passava e fazia questão de tomar na frente de todo mundo, achava que ia ficar cheia de energia só por causa de uma ou duas xícaras que desciam meio empurradas. Descobri que deixar o sono vencer era mais vantajoso do que me tornar dependente do café.

No meu penúltimo emprego era inacreditável o sono que eu tinha! Acordava 05:50 e só ia despertar de verdade lá pelas 10:00, fora a dorzinha de cabeça que sempre me acompanhava até a hora do almoço.
Para conseguir trabalhar eu enchia a cara de café, mesmo que meio a contra gosto. Descobri que dormir mais cedo no dia anterior era mais eficaz do que ter que passar a manhã plantada ao lado da mesinha do café.

Toda vez que vou na manicure, dali a pouquinho vem uma das meninas do salão com uma bandeja e várias xícaras de café para servir quem estiver ali no momento.
Sempre aceito e quando termino de fazer as unhas descubro que esqueci o café na xícara, o mesmo já esfriou e não presta pra mais nada. Descobri que beber café e bater papo no salão ao mesmo tempo comigo não rola!

Ai outro dia, quando eu estava fazendo café logo cedo coloquei um pouco na caneca, adocei como de costume, respirei bem fundo aquela fumacinha maravilhosa e dei um gole. Quando terminei de degustar o momento cheguei a uma sábia conclusão... definitivamente eu não gosto de café!