sexta-feira, 28 de maio de 2010

Bom senso ou sem senso?

Na minha família tem duas pessoas que são o cúmulo da falta de senso.
São do tipo que fala na sua cara que você está gordo, que não gostaram do presente que você deu ou que sua comida é ruim.
Há quem ache graça nesse tipo de comportamento mas eu não!
Sou sincera ao extremo e todo mundo que convive comigo sabe que eu sou assim mas pergunte a qualquer pessoa que me conhece bem se sou sincera ao ponto de ser sem educação?

Existe uma linha muito tênue entre sinceridade e grosseria e é nessa hora que deve entrar o bom senso.
Ter bom senso é dizer para sua amiga que aquela roupa não cai bem ao invés de dizer que ela fica gorda.

É recusar a carona daquele colega de trabalho que insiste em te cantar dizendo que você quer se exercitar e por isso vai caminhando para casa ao invés de falar que prefere a morte a andar no mesmo carro que ele.

É convencer seu amigo a experimentar um novo chiclete sabor menta apoteótica ao invés de dizer que o hálito dele está te dando náuseas.

É dizer para o cara com quem você está saindo a duas semanas que você ainda não se sente a vontade para transar com ele ao invés de dizer que ele ainda não te deixou com tesão suficiente para conseguir te comer.

É dizer para sua sogra que você está impossibilitada de atender o telefone e que depois liga ao invés de dizer que acha o cúmulo ela te telefonar no trabalho só para falar sobre a última edição da revista Ponto Cruz & Você que ela acaba de comprar e que francamente não te interessa.

Por mais que a situação mereça uma resposta digna de um usuário do Jockey Club, pense antes de falar. A harmonia entre duas pessoas só existe se cultivada com boa dose de bom senso e se for necessário, algumas meias verdades.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Vai um cafézinho?

Sempre achei DIVINO o cheiro de café recém passado.
Quando pequena eu queria imitar os adultos e sempre pedia um pouquinho de café que inevitavelmente ficava na xícara pois eu nunca conseguia tomar. Descobri que criança não combina com café.

Na adolescência quando queria varar a madrugada com os amigos e o sono era maior, eu apelava para o café.
Eu mesma passava e fazia questão de tomar na frente de todo mundo, achava que ia ficar cheia de energia só por causa de uma ou duas xícaras que desciam meio empurradas. Descobri que deixar o sono vencer era mais vantajoso do que me tornar dependente do café.

No meu penúltimo emprego era inacreditável o sono que eu tinha! Acordava 05:50 e só ia despertar de verdade lá pelas 10:00, fora a dorzinha de cabeça que sempre me acompanhava até a hora do almoço.
Para conseguir trabalhar eu enchia a cara de café, mesmo que meio a contra gosto. Descobri que dormir mais cedo no dia anterior era mais eficaz do que ter que passar a manhã plantada ao lado da mesinha do café.

Toda vez que vou na manicure, dali a pouquinho vem uma das meninas do salão com uma bandeja e várias xícaras de café para servir quem estiver ali no momento.
Sempre aceito e quando termino de fazer as unhas descubro que esqueci o café na xícara, o mesmo já esfriou e não presta pra mais nada. Descobri que beber café e bater papo no salão ao mesmo tempo comigo não rola!

Ai outro dia, quando eu estava fazendo café logo cedo coloquei um pouco na caneca, adocei como de costume, respirei bem fundo aquela fumacinha maravilhosa e dei um gole. Quando terminei de degustar o momento cheguei a uma sábia conclusão... definitivamente eu não gosto de café!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Qual seu medo?

Outro dia andando na rua vi um rapaz fazendo uma coreografia bizarra. Parei para observar e notei que aquele malabarismo todo era uma forma dele tentar se livrar de uma inofensiva borboleta.
Inofensiva não no ponto de vista dele.

O medo quando em um grau mais severo faz a pessoa passar por situações muito constrangedoras.
Eu por exemplo, tenho um medo irracional de lagartixas. Já fui capaz de em uma viagem, passar a noite inteira acordada por ter um ser abominável desses no quarto onde eu teria que dormir e não ter um filho de Deus disposto a tirá-la de lá.
Nunca matei uma lagartixa na vida, justamente por que nunca tive coragem de chegar perto suficiente de uma a ponto de conseguir alcançá-la.

Minha mãe se apavora quando tem que ir ao dentista. Meu pai tem tanto medo de tempestades que quando começa uma chuva mais forte, ainda mais se for acompanhada de vento ele se transforma em outra pessoa de tão apavorado que fica.

Há quem tenha medo de agulhas e quase morre na hora de tomar injeção ou tirar sangue. Quem tem medo de dirigir trava total quando se vê no controle de um carro.
Medo de altura, do escuro, de insetos, de avião, de cães, da morte, de lugares fechados são os tipos mais comuns.
Já entre os medos não tão comuns estão o medo de vegetais (sim isso existe e se chama lachanofobia), o medo de vomitar (emetofobia), o medo de pêlos (caetofobia - quem tiver isso com certeza se recusa a ver novelas com o Tony Ramos!), o medo de cores (cromotofobia), o medo de flores (antofobia), o medo de pensar (fronemofobia - a pessoa que tem isso pode se matar né?!) e o medo de palavras grandes (que por uma enorme ironia chama-se hipopotomonstrosesquipedaliofobia).

Conheço uma mulher que tem medo de aves mortas. Não olha, compra nem come frango de jeito nenhum e só de ver aqueles fornos que assam frangos em padarias já começa a suar frio.

Debochar do medo alheio é muita sacanagem pois só quem sente aquilo sabe o quão difícil é ter que conviver com tal distúrbio.
E cá pra nós, na minha opinião quem diz não ter medo de nada mente! Medo é uma reação natural do ser humano, em algumas pessoas mais intenso, em outras nem tanto mas medo todo mundo tem!

E falando nisso, na janela da minha cozinha mora uma lagartixa. Ela só aparece a noite o que me faz ficar mais afastada da pia quando quero beber água depois das 18:00 (sim eu sei que tenho problema!) Me mantenho afastada pois se ela sismar de fazer amizade e com isso pular em mim essa história terá um final trágico e com certeza não será pra ela.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Variável ou Imutável?

Sempre tive uma característica da qual não consigo me livrar e que muitas vezes incomoda quem convive comigo. Sou incapaz de ficar muito tempo sem mudar alguma coisa (acho que dá pra notar levando-se em conta a constância com que mudo o meu BG do Twitter!).

Sou morena mas já fui loira, ruiva, azul, com mechas coloridas; já tive cabelo na cintura, repicado na altura do ombro, batidinho no pescoço; já usei estilo grunge, neo hippie, patricinha; já pintei parede de vermelho, bege, cor de rosa.

Quando sismo que alguma coisa precisa mudar, precisa mudar senão fico impaciente.
Antigamente o alvo era o cabelo mas como prometi dar um descanso para ele então meu foco se volta para mudar alguns móveis de lugar, pintar uma parede, trocar as almofadas da sala ou fazer uma tatuagem nova (nesse embalo já estou em 11 tatoos).

Conheço gente que é incapaz de mudar um vaso de lugar, gosta de tudo exatamente igual, o tempo todo. Tenho uma tia que tem o apartamento exatamente igual, na mesma posição com os mesmos detalhes a pelo menos quinze anos. Se fosse comigo já tinha morrido!
Preciso ver a energia do ambiente circulando pra ficar satisfeita.

Com meus sentimentos não sou muito diferente.
Posso não me dar bem com alguém hoje mas se a pessoa me provar que merece minha admiração ou minha confiança, não terei receio nenhum de mudar minha forma de pensar a respeito dela. Da mesma forma acontece o contrário. Posso morrer de amores por alguém, porém acho que não só pra mim mas pra qualquer pessoa alguns sentimentos tem prazo de validade. Amar sozinho pode ser a coisa mais broxante do mundo, ter que lidar com frustrações nos torna menos tolerantes a certas atitudes e com isso o sentimento vai minguando.
Qdo me apaixono sou intensa, fiel, praticamente cega mas tenho também grande facilidade em me desapegar.
Isso não significa que eu não sofra, quem é intenso demais sofre em dobro mas nunca morri de amor e nem por falta dele.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Boa noite.

É impressão minha ou está cada vez menos estimulante assistir aos telejornais?
Cada emissora faz questão de ter o seu num formato diferente da concorrente, o que para nós é sinônimo de variedade mas será que mesmo em meio a tantas opções existe alguma coisa de qualidade para ser vista??? Vejamos...

Jornal da Rede Tv - O "menos pior" deles é o Leitura Dinâmica 2° Edição. Tá certo que tem a desvantagem de passar tarde, depois do Super Pop (que por sinal nem sei por que ainda está no ar já que nunca vi ninguém assumir que assiste, provavelmente por vergonha) mas entre os demais jornais da emissora esse é o que apresenta as notícias de forma mais interativa, fora que nele sempre há divulgações de shows e eventos culturais que outros jornais não fazem questão de noticiar.
Nada me tira da cabeça que na produção desse jornal alguém é fã de Iron Maiden.

Jornal do SBT - Silvio Santos nunca deu muito crédito à parte jornalística de sua emissora mas de uns tempos para cá parece que o homem do Baú passou a ter mais consideração com seus jornalistas, tanto que tem como âncora principal Carlos Nascimento, profissional que ficou bastante conhecido por passar anos a frente do SPTV na emissora concorrente.
Tá certo que no SBT Carlos Nascimento está bem mais descontraido. Diante de uma notícia ele faz questão de dar sua opinião seja ela positiva ou não.
Muitos comentários feitos por ele fariam o redator do Jornal Nacional se suicidar em público mas, com certeza esses comentários divertem o telespectador.
Esse formato já era utilizado pelo pioneiro Boris Casoy quando ele atuava na própria emissora. Seu comentário típico "Isso é uma vergonha!" já fazia parte de praticamente todas as edições.

Jornal da Band - Sabe aquele seu vizinho (pode ser tio ou professor) carrancudo, que se veste sempre de marrom ou cinza, não vê graça em nada e quando começa a falar ninguém aguenta ouvir até o final? Pois é, esse é o formato do Jornal da Band. Chato demais pra ser visto até o final.

Jornal da Cultura - Considero a Cultura uma emissora admirável, porém levando-se em conta que a maioria dos assuntos legais são abordados nos demais programas da grade como o Metrópolis por exemplo, não sobra muita coisa interessante para o telejornal que não seja a cotação da bolsa de valores e os números referentes a gripe H1N1.

Jornal Nacional - O monstro dos telejornais. Todo jornal quer ser como o JN quando crescer.
Sempre com uma gama admirável de âncoras (desconsidere os apresentadores "tapa buracos" ok?!), o JN é tão influente que teve sua história retratada em um livro. Quantas pessoas já não responderam ao "Boa Noite!" do Cid Moreira ao final de mais uma edição? (Ok, meu avô fazia isso).
Existem boatos de que o JN influencia diretamente os resultados das eleições federais. Não sei até onde esse boato procede, o que sei é que muitas pessoas só acreditam em certas informações se verem as mesmas sendo divulgadas pelo JN.
JN tem classe pra noticiar uma tragédia, faz as vezes do jornalismo imparcial e tem um âncora que por muito tempo foi adepto fervoroso ao uso do Twitter.
Se não fosse o péssimo hábito de passar quase 50% do tempo no ar falando de política, o JN seria a menina dos olhos do povo brasileiro.

Jornal da Record - O jornalismo da Record é feito de forma ímpar.
Pegue um exemplo de tragédia humana, acrescente uma dose de pesar na voz do âncora, (isso desconsiderando aquela âncora sem noção que comenta tragédias e afins com um sorriso no rosto, com certeza o cúmulo do mau gosto!) junte cenas fortes e só entreviste quem estiver sofrendo ou revoltado (pessoas baleadas, esfaqueadas ou atropeladas se conseguirem falar são super bem vindas!) O que que dá? Dá o jornalismo da Record!
Tá certo que a tempos atrás eles estavam transmitindo as olimpíadas de inverno mas vamos combinar que as cenas que eles mais gostavam de mostrar eram as dos acidentes e principalmente da morte do rapaz que fatalmente aconteceu durante os jogos.
Eles se auto entitulam Jornalismo Verdade mas cá pra nós, será necessário uma verdade tão nua e crua assim???

É por isso que dentre todas essas opções acima o meu jornal favorito é o FURO MTV. Ninguém ali tem pretensão de fazer jornal mas com toda sua simplicidade eles conseguem fazer o povo rir.
E olha, na minha opinião temos mesmo é que rir pois de triste pra mim basta minha conta bancária!